O ano de 2004 tem muitas
razões para marcar a memória dos procuradores do Estado de São
Paulo. A escolher: a luta pela dignidade remuneratória da carreira,
as atividades contra o reajuste zero, a tão aguardada nomeação
dos novos. A festa de final de ano realizada pela Apesp, no clube
Monte Líbano, no dia 3 de dezembro, é mais um componente dessa
lista.
A maior festa já realizada
pela carreira – mais de 1.200 pessoas participaram – foi também
a mais peculiar. Não faltou o fino jantar, a pista de dança cheia
ao som de Frank Sinatra e Roberto Carlos, as taças de vinho, a
conversa entre amigos, itens que todos os anos marcam o agradável
ambiente de confraternização dos procuradores.
Mas havia algo diferente no
ar. Procuradoras e procuradores elegantemente vestidos dividiam
espaço com o despojado visual dos adolescentes. Alguns cabeludos
aqui e ali podiam ser encontrados. Ao contrário das mesas com
vários casais, famílias inteiras tomavam os lugares. A razão pela
qual os filhos resolveram acompanhar os pais na confraternização
de fim de ano da Apesp responde pelo nome de Titãs. A banda, que
complementou 22 anos em 2004, sofreu alguns desfalques ao longo do
tempo – além do trágico falecimento de Marcelo Fromer, Arnaldo
Antunes e Nando Reis optaram por seguir carreira solo – mas
mostrou, para delírio da animada platéia, que continuam poderosos
roqueiros.
Gravatas e paletós ao ar,
gritos, flores arremessadas ao palco. O quinteto formado por Tony
Bellotto, Charles Gavin, Branco Mello, Sérgio Britto e Paulo Miklos
deu um verdadeiro show. Foram quase duas horas em que o grupo
esbanjou irreverência, bom humor e simpatia, e tirou do baú
algumas das baladas e dos principais rocks que fizeram dos Titãs
uma das mais reconhecidas bandas brasileiras.
A alma roqueira que existe
dentro de muitos procuradores aflorou. E a carreira recebeu justa
homenagem por um ano inteiro de muita disposição e luta em defesa
da advocacia pública.
Sorte grande
– A festa foi considerada um sucesso. Mas para o "novo"
procurador José Luiz Souza de Moraes, foi ainda melhor: ele foi o
sorteado com a estadia de uma semana na Costa do Sauípe, prêmio
concedido por um dos patrocinadores da festa da Apesp.
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O presidente da Apesp,
José Damião de Lima Trindade, em discurso aos
procuradores e às procuradores do Estado de São Paulo
revelou a grandiosidade daquela data. "Esta é a
maior festa que a Apesp já realizou. Tenho a
satisfação e orgulho de dizer que esse tão elevado
número de presentes é um símbolo de que nossa
carreira se une cada vez mais... na luta e na
festa".
Damião
relembrou alguns dos duros momentos enfrentados pelos
procuradores em 2004 e salientou a importância da união
demonstrada. "Os cinco dedos de uma mão, quando
separados, são frágeis. Mas, unidos, são um punho
poderoso e forte", bradou, numa analogia ao
companheirismo demonstrado ao longo do ano.
"A
carreira de procurador do Estado está na vanguarda da
defesa do Estado, da coisa pública. É isso que alimenta
nossos corações de justiça e vontade. Não nos vergamos
facilmente: enfrentamos muita coisa este ano e
enfrentaremos muito mais", completou Damião, em sua
homenagem à carreira.
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Os procuradores mostraram que sabem lutar e sabem festejar. Se 2004
foi ano de muitas batalhas também deu lugar à maior festa que a
carreira já viu. Mais de 1.200 pessoas participaram do jantar no
clube Monte Líbano, brilhante graças ao trabalho das diretoras
Márcia Zanotti, Adriana Moresco (na sexta foto), Tania Lotto (de
cinza, na sétima foto) e Maria
Bernadete Pitton (na última foto) |
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