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Assembleia quer Cidade Limpa em rodovias

 

Depois do Cidade Limpa, é a vez do Estrada Limpa. Extinta em São Paulo pela lei que criou o programa Cidade Limpa, a publicidade em outdoors, que migrou para terrenos ao longo das rodovias paulistas, também deve ser retirada caso seja aprovado um projeto na Assembleia.

O projeto, que estabelece o programa Estrada Limpa, surgiu na Comissão de Transportes. Assim como o Cidade Limpa, ele praticamente acaba com a propaganda que pode ser vista das rodovias, tanto as privatizadas quanto as operadas pelo governo. Só seriam mantidos anúncios em áreas urbanas.

 

O presidente da comissão, Edmir Chedid (DEM), diz que ele próprio vê a poluição visual nas estradas. "Como a maioria dos partidos está representada na comissão, deve haver concordância. Já vimos o bom resultado da lei em São Paulo."

 

A nova investida contra a chamada mídia exterior começou a movimentar o Sepex (sindicato das empresas do setor). Seu presidente, Luiz Rodovalho, foi à Assembleia na semana passada tentar sensibilizar os deputados a ao menos amenizá-la.

 

"Se existe excesso, deveria haver mais fiscalização, o que, por exemplo, não ocorreu na cidade [antes do Cidade Limpa].

 

Estamos em contato com o governo para fazer um convênio e melhorar a fiscalização."

A proposta estabelece que todos os anúncios, mesmo licenciados, devem ser retirados dois meses após sancionada a lei. As multas chegam a R$ 4.926.

 

Restariam só propagandas de governo e de caráter cultural ou educativo. O dono de um terreno, mesmo longe da estrada, perderá o direito de alugar o espaço para agências. Mesmo as pequenas placas, de uso de governo ou de empresas, devem ter regras mais restritivas.

Também estão incluídos os grandes anúncios em postos de gasolina e outros estabelecimentos. O projeto determina que haja nova configuração das placas em estabelecimentos vizinhos às estradas. Como o Cidade Limpa, a ideia é reduzir o tamanho. Até os anúncios nas chamadas empenas cegas -parte de prédios voltados para a estrada- ficam proibidos.

 

Hoje, conforme lei estadual de 1994, as concessionárias e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) podem conceder licença para a exploração da publicidade, mas só fora da "faixa de domínio" da rodovia.

 

Uma estrutura grande numa estrada com mais de duas pistas por sentido, capaz de sustentar um outdoor, custa cerca de R$ 22 mil ao ano para a agência.

A ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) afirmou que não se manifestará até que seu departamento jurídico analise o projeto.

 

Fonte: Folha de S. Paulo, de 9/03/2010

 

 

 

 

 

Certificado digital gira R$ 3 bi e gera queixas

 

O uso cada vez maior da internet como meio para as empresas transmitirem informações contábeis e fiscais e prestarem contas ao fisco impulsionou o mercado de certificação digital, estimado em cerca de R$ 3 bilhões neste ano.

 

O certificado digital é um documento eletrônico, com validade jurídica, que funciona como uma carteira de identidade virtual das empresas.

 

Permite realizar operações eletrônicas com mais segurança porque utiliza procedimentos lógicos e matemáticos complexos que asseguram a confiabilidade das informações.

Nove empresas -sete do setor público e duas do privado- estão autorizadas pelo ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), autarquia criada em 2001 e ligada à Casa Civil da Presidência da República, a conceder o certificado digital.

 

Na prática, porém, Certisign e Serasa Experian dominam esse negócio no setor privado. Cada uma delas credenciou outras empresas e entidades, como sindicatos e federações, e montou uma rede para fornecer a certificação digital pelo país.

 

Esse novo mercado é semelhante ao do cartão de crédito. As bandeiras dos cartões, como Visa e MasterCard, corresponderiam às nove empresas certificadoras, credenciadas pelo governo federal para conceder a certificação digital. E os bancos que oferecem os cartões aos clientes corresponderiam às entidades que firmam parcerias com as certificadoras.

O que fará o mercado crescer 50% neste ano em relação ao ano passado, segundo estimativa do ITI, da Certisign e da Serasa Experian, é o fato de a Receita Federal ter obrigado mais empresas, a partir deste ano, a ter certificação digital para prestar contas ao fisco. Hoje, só estão livres dessa obrigação as empresas que pagam impostos pelo Simples Nacional.

 

"A tendência é que cada vez mais pessoas físicas e jurídicas tenham CPF e CNPJ virtuais", afirma Márcio Nunes, diretor de desenvolvimento e produto da Certisign, que estima deter 60% do mercado.

 

"O Brasil passa por uma revolução virtual, está transformando todo o seu sistema contábil e fiscal em digital. E a ferramenta para isso é a certificação digital", afirma Helder Moreira, da Serasa Experian.

 

O certificado digital ainda é algo novo -e desconhecido- para muitas empresas. Escritórios de contabilidade informam que clientes estão enfrentando dificuldades para obter a carteira de identidade virtual. Reclamam que o agendamento por meio da internet é demorado, que os preços são elevados e que o serviço deveria ser subsidiado pelo governo.

 

O e-CPF (versão eletrônica do CPF de pessoas físicas) custa a partir de R$ 110. O e-CNPJ (para empresas), R$ 165. A renovação do certificado digital, que pode ter validade de um e de três anos, também é pago.

 

Esses preços são das versões mais simples e não incluem cartões com chip, leitoras ópticas e uma espécie de pendrive que permitem ao usuário portar o certificado digital e acessar informações e documentos de qualquer computador.

 

Para atender o empresário em seu local de trabalho, as empresas cobram ainda taxas de cerca de R$ 300. Pacotes que incluem outros serviços -como implementação da nota fiscal eletrônica- chegam a custar até R$ 2.000.

 

"Defendemos que a certificação digital deva ser subsidiada pelo governo. Quando o projeto nasceu, o certificado digital era para ser gratuito", diz José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sescon-SP, sindicato que reúne empresas de contabilidade e de assessoria empresarial.

Renato Martini, diretor-presidente do ITI, diz que os preços do certificado digital são "baixos" considerando as vantagens com a troca do papel pelo documento eletrônico.

 

Fonte: Folha de S. Paulo, de 9/03/2010

 

 

 

 

 

Greve política

 

Dez meses depois de ter promovido uma greve contra as mudanças realizadas pelo governador José Serra no magistério público, que criou uma escola de formação, submeteu a escolha de professores temporários a concurso público e condicionou os aumentos salariais a avaliações de mérito, os 215 mil docentes das 4,5 mil escolas da rede estadual de ensino básico estão invocando o mesmo pretexto para cruzar os braços outra vez. Como 2010 é um ano eleitoral e Serra deverá anunciar em abril sua candidatura à Presidência da República, o sindicato da categoria ? a Apeoesp, que é filiada à Central Única dos Trabalhadores e há muito tempo age como um braço do PT ? está propondo a suspensão das aulas por "tempo indeterminado".

 

Tomada há apenas um mês após o início das atividades letivas de 2010, essa iniciativa pode comprometer o calendário escolar. E, mais grave ainda, pode prejudicar a formação dos 5 milhões de alunos da rede estadual, que continuam sendo utilizados como reféns de sindicalistas irresponsáveis. Entre o interesse público e os interesses corporativos, os líderes da categoria não parecem ter dúvida nem pudor.

 

A greve do professorado paulista não passa de encenação. No plano retórico, os grevistas defendem a "qualidade da educação" e acusam o governo estadual de ameaçar a "dignidade do magistério", ao cobrar mais eficiência da categoria. Na verdade, contudo, eles não admitem ser avaliados. E também não querem se submeter a concursos públicos nem a provas classificatórias. O que explica a repulsa da categoria a testes de avaliação é o fato de que, dos 181 mil docentes que se submeteram ao exame aplicado em dezembro de 2009, cerca de 88 mil não conseguiram alcançar a nota mínima para lecionar.

 

Em outras palavras, quase 50% dos candidatos foram reprovados, não tendo acertado metade das 80 questões apresentadas. E, como um quinto da nota final vinha de uma pontuação recebida pelos anos de serviço na rede escolar, o desempenho médio do professorado paulista pode ter sido ainda mais vexaminoso. Portanto, resistir às avaliações impostas pelo governo estadual e se opor à prova para escolha de temporários, sob a alegação de que elas são injustas e "discriminatórias", é apenas uma estratégia política para tentar esconder a falta de preparo de parte dos docentes.

 

O outro pretexto para a greve por tempo indeterminado proposta pela Apeoesp é de caráter salarial. Para estimular os docentes a se qualificar, o governo adotou uma medida amplamente utilizada nos países com altos índices de eficiência escolar, fixando um programa de promoção por mérito que prevê bônus e gratificações variáveis para até 20% dos professores mais bem colocados nas provas de desempenho aplicadas pela Secretaria da Educação. No entanto, o professorado quer receber ? sem qualquer avaliação ? um reajuste salarial de 34,3%, que também beneficiaria os docentes aposentados. Como sempre, a justificativa é a reposição da inflação ? além, é claro, da defesa do princípio da "isonomia de classe".

 

Essa pauta de reivindicações, como se vê, é requentada. Ela já foi usada pelo professorado para justificar não apenas protestos e greves, como também malogradas ações judiciais contra a política educacional do governo paulista. Por colocar sistematicamente os interesses corporativos à frente do interesse público, descumprindo leis e prejudicando o tráfego com passeatas, em julho do ano passado a 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo aplicou uma punição exemplar à Apeoesp, obrigando-a a pagar R$ 1,2 milhão de indenização para o Fundo de Interesses Difusos. Ao justificar o rigor da punição, o relator, desembargador Ênio Zuliani, afirmou que a entidade não era ré primária, tendo sofrido duas outras condenações judiciais. Segundo ele, a "conduta desafiadora" da Apeoesp não poderia ficar impune, sob pena de desmoralização da ordem jurídica e do princípio da autoridade.

 

Essa é a entidade que se diz "defensora da educação" em São Paulo. Na realidade, ao invocar a qualidade do ensino como justificativa para mais uma greve, ela quer apenas criar fatos políticos adversos para Serra e ofuscar uma das bandeiras que poderá utilizar em sua campanha.

 

Fonte: Estado de S. Paulo, seção Opinião, de 9/03/2010

 

 

 

 

AGU nomeia procuradores para seu Conselho Superior

 

O advogado-geral da União, ministro Luis Inácio Lucena Adams, empossou nesta segunda-feira (8/3) os representantes das carreiras de procuradores federal e do Banco Central do Brasil no Conselho Superior da AGU. Assumiram os cargos o procurador federal Dimitri Brandi de Abreu e o procurador do BC Erasto Villa-Verde de Carvalho Filho.

 

O Conselho Superior é o responsável pela proposição de concursos de ingresso nas carreiras, a organização das listas de promoção e de remoção, e a confirmação no cargo ou exoneração de membros da AGU.

 

As eleições contaram com a participação de mais de dois mil procuradores. O resultado da apuração saiu na semana passada. O procurador-geral federal e presidente da Comissão Eleitoral do Conselho, Marcelo de Siqueira Freitas, afirmou que os representantes das carreiras devem "exercer suas novas atividades da forma mais independente possível, compromissados em primeiro lugar com o interesse público e em segundo com os anseios da corporação".

 

O representante da Procuradoria-Geral Federal no Conselho, Dimitri Brandi, considera que assumir essa responsabilidade "reforça a necessidade de atuação transparente e democrática, em que se faz necessário ouvir a opinião de toda a categoria". Já Erasto Villa-Verde de Carvalho Filho, da Procuradoria junto ao Banco Central, destaca que fará um trabalho focado na importância da Advocacia Pública para a defesa dos interesses da União. "O fortalecimento das carreiras da advocacia pública federal é imprescindível à defesa do interesse e do patrimônio público", afirmou. Com informações da Assessoria de Imprensa da AGU.

 

Fonte: Conjur, de 9/03/2010

 

 

 

 

 

Comunicado do Conselho da PGE

 

PAUTA DA 10ª SESSÃO ORDINÁRIA-BIÊNIO 2009/2010

DATA DA REALIZAÇÃO: 10-3-2010

HORÁRIO 10h30

 

I - LEITURA E APROVAÇÃO DA ATA DA SESSÃO ANTERIOR

II - COMUNICAÇÕES DA PRESIDÊNCIA

III - RELATOS DA DIRETORIA

IV - MOMENTO DO PROCURADOR

V - MOMENTO VIRTUAL DO PROCURADOR

VI - MANIFESTAÇÕES DOS CONSELHEIROS SOBRE ASSUNTOS DIVERSOS

ORDEM DO DIA

 

Processo: CPGE nº 18575-11914/2010

Interessado: CONSELHO DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO

Localidade: SÃO PAULO

Assunto: CONCURSO DE PROMOÇÃO, CONDIÇÕES

31/12/09, NOS TERMOS DO ARTIGO 76 DA LC 478/86, COM REDAÇÃO ALTERADA PELA LC 1082/2008 - RECLAMAÇÃO CONTRA A LISTA DE ANTIGUIDADE.

Relator: Conselheiro Fernando Franco

 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 9/03/2010