APESP

 
 

   

 

Novos Servidores para a PGE  

Atendendo solicitação do Procurador Geral do Estado, Marcos Nusdeo, o Governador do Estado, José Serra, autorizou o provimento de todos os cargos vagos de Oficial Administrativo e de Agente Administrativo dos quadros da Procuradoria Geral do Estado, mediante o aproveitamento de remanescentes de concursos públicos realizados por outras Secretarias de Estado. A autorização foi publicada no DOE de hoje (30.5.2008), Sec. I, p.4. 

Serão providos 59 (cinqüenta e nove) cargos de Oficial Administrativo e 19 (dezenove) cargos de Agente Administrativo, que somados aos 22 (vinte e dois) Executivos Públicos autorizados no ano passado, totalizam 100 (cem) novos funcionários. “O Governador José Serra, mais uma vez, reconhecendo a importância da nossa Instituição, atende essa solicitação do Gabinete”, afirmou Marcos Nusdeo, Procurador Geral do Estado. 

Nusdeo disse ainda que o empenho do Procurador do Estado e Secretário Chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira Filho, foi fundamental para o atendimento desse pleito, que é uma antiga aspiração da Carreira.“Nos dezoito anos em que estou na Instituição, nunca a PGE conseguiu, em Governos anteriores, o provimento de tantos cargos”, disse Carmen Brandão, Chefe de Gabinete da PGE. 

Fonte: site da PGE, de 30/05/2008

 


Despachos do Governador, de 29/05/2008 

No processo PGE-18492-181838-08, sobre autorização para o provimento de cargos mediante o aproveitamento de remanescentes de concursos públicos: “Diante dos elementos de instrução do processo, da manifestação do Procurador Geral do Estado e tendo presente o pronunciamento favorável do Presidente do Comitê de Qualidade da Gestão Pública, autorizo a Procuradoria Geral do Estado a adotar as providências necessárias visando ao provimento de 59 cargos de Oficial Administrativo e 19 de Agente Administrativo, nas vagas decorrentes de aposentadorias, falecimentos, exonerações e demissão, discriminadas às fls.4/7 dos autos, mediante o aproveitamento de candidatos remanescentes de concursos públicos com prazo de validade em vigor, observadas as disponibilidades  rçamentárias e obedecidos os demais preceitos legais e regulamentares atinentes à espécie.” 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção Atos do Governador, de 30/05/2008

 


Projeto de Grella cria 98 cargos de procurador de Justiça  

Um projeto de lei enviado na quarta-feira (28/5) ao Órgão Especial do Colégios de Procuradores pelo procurador-geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, cria 98 cargos de procurador de Justiça no Estado de São Paulo. 

Segundo o projeto de Grella, esses cargos surgirão da transformação dos 75 cargos de promotor de Justiça substituto de segunda instância, criados pela Lei nº. 981, de 21 de dezembro de 2005, e de outros 23 cargos de promotor de Justiça de entrância final, dentre os 121 cargos criados pela mesma lei. 

De acordo com o Ministério Público paulista, a criação dos 98 cargos de procurador de Justiça é necessária para recompor o quadro da carreira, que permanece inalterado há quase duas décadas. Pela conta do MP-SP, 108 promotores de Justiça estão hoje designados para atribuições de procuradores. 

“Em razão da sensibilidade que tem demonstrado em relação aos temas institucionais, tenho certeza que o Órgão Especial do Colégio de Procuradores compreenderá a necessidade da criação desses cargos, justificada também pelo crescente número de processos judiciais, o que exige o aparelhamento adequado do Ministério Público”, destacou o procurador-geral em nota. 

Segundo o comunicado, a Procuradoria-Geral de Justiça já obteve aprovação do Órgão Especial para a abertura de concurso público para o preenchimento de 79 cargos de Promotor de Justiça Substituto. O concurso será realizado ainda neste ano. 

Fonte: Última Instância, de 31/05/2008

 


CPI estadual da Eletropaulo quer receber informações do BNDES sobre privatização da empresa de energia
 

A Assembléia Legislativa de São Paulo impetrou Mandado de Segurança* (MS 27351) no Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de conseguir receber informações solicitadas ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pela CPI da Eletropaulo, que investiga supostas irregularidades no processo de venda do controle acionário da empresa de energia da capital paulista. 

No curso das investigações, diz a ação, a comissão aprovou requerimento e solicitou ao banco a remessa de documentos referentes à reunião que deliberou sobre a prorrogação do prazo de carência e da amortização do contrato de financiamento para a AES Eletropaulo. 

Ainda de acordo com a ação, o BNDES se recusou a enviar os documentos, alegando que a investigação da Assembléia é, na verdade, sobre procedimentos internos da instituição, “desbordando, por isso, dos limites de suas atribuições constitucionalmente previstas”. Para o BNDES, a competência nesse caso seria exclusivamente da União. 

A Assembléia afirma, contudo, que eventuais ilegalidades ou irregularidades no processo de desestatização da Eletropaulo são de “inegável interesse” do estado de São Paulo, uma vez que a empresa pertencia ao patrimônio estadual. 

A autorização para a alienação da Eletropaulo foi aprovada pela Assembléia. Assim, afirma a autora, “se a Assembléia do estado de São Paulo tem a prerrogativa de autorizar a venda do patrimônio público, obviamente terá a de fiscalizar a forma pela qual se deu essa alienação no plano prático”. 

A Assembléia pede a concessão de liminar para que o Supremo determine ao BNDES a remessa dos documentos solicitados pela CPI da Eletropaulo. O ministro Celso de Mello vai analisar o pedido. 

* Apesar de ter impetrado Mandado de Segurança, a Assembléia paulista pede que o processo seja recebido como Ação Originária (AO), uma vez que a causa envolve um dos Poderes do estado de São Paulo e uma empresa pública da União. Desta forma, o STF seria competente para julgar a ação, por estar configurado um "conflito federativo", conforme o artigo 102, inciso I, alínea f, da Constituição Federal de 1988. 

Fonte: site do STF, de 30/05/2008

 


PT quer usar CPI em SP para apurar relação Alstom-PSDB  

A bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo decidiu se valer de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) já instalada -a CPI da Eletropaulo- para investigar o possível envolvimento de tucanos em um esquema de pagamento de propinas pela multinacional francesa Alstom.

Como documentos enviados ao governo brasileiro pelo Ministério Público da Suíça indicam que um contrato realizado pela Eletropaulo, entre 1997 e 1998, está sob investigação, o PT vai aproveitar a existência dessa CPI para apurar possíveis irregularidades no processo de privatização da empresa. A Eletropaulo foi privatizada em 1998, na gestão de Mario Covas.

Presidida pelo petista Antônio Mentor, a CPI da Eletropaulo foi instalada no ano passado e tem funcionamento previsto até 30 de junho. Embora o PT seja minoria na comissão, o líder do partido na Assembléia, Roberto Felício, afirma que a convocação de David Zylberstajn, secretário de Energia do governo Covas, já foi aprovada.

"Vamos apresentar ainda o requerimento de convocação de Andrea Matarazzo e do Mauro Arce", avisou Felício.

Atual secretário municipal de Coordenação de Subprefeituras, Matarazzo ocupou a Secretaria de Energia de fevereiro a agosto de 1998, em meio ao processo de privatização da Eletropaulo. Foi sucedido por Arce, hoje secretário de Transportes de José Serra (PSDB).

Segundo os documentos enviados ao Brasil, empresas "offshore" teriam sido utilizadas para repassar, entre 1998 e 2001, até R$ 13,5 milhões em propinas para políticos e autoridades de SP, em valores atualizados. No período, o Estado foi governado pelos tucanos Mario Covas e Geraldo Alckmin. Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" publicada ontem, as comissões teriam sido pagas pela Alstom em troca da assinatura de contratos em São Paulo. As suspeitas são de que os pagamentos foram feitos por intermédio de serviços de consultoria que nunca existiram.

Segundo os documentos, essas "comissões" foram formalizadas por meio de contratos de consultoria de abril a outubro de 1998, período em que a Alstom e a Eletropaulo tratavam da expansão do metrô.

A obra seria de instalação de subestações para fornecimento de energia ao metrô. No período, foram secretários de Energia três nomes ligados ao PSDB. David Zylberstajn, que era genro do então presidente Fernando Henrique Cardoso, deixou a pasta em janeiro para assumir a Agência Nacional de Petróleo.

Além da convocação, o PT ameaça entrar na Justiça para obter, no TCE (Tribunal de Contas do Estado), acesso a um contrato do Metrô com a Alstom. O partido também enviará ao Ministério Público todos os processos do TCE referentes ao grupo Alstom.

Das seis "offshores", duas eram administradas por brasileiros, ainda segundo "O Estado de S. Paulo". A MCA Uruguay Ltda, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, teria recebido R$ 8,7 milhões. Quem administrava a empresa era Romeu Pinto Junior, segundo a documentação.

Outra empresa com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, a Taltos Ltda, teria recebido cerca de R$ 3 milhões, em valores atuais. José Geraldo Villas Boas é apontado como seu administrador. Pinto Junior e Villas Boas não foram localizados.

Villas Boas presidiu entre 1975 e 1977 a Aecesp (Associação dos Engenheiros das Companhias Energéticas no Estado de São Paulo). Funcionário de carreira, presidiu a Cesp (Companhia Energética de São Paulo) e foi diretor da Eletropaulo.

Outras "offshores" citadas tinham como administradores franco-brasileiros. São elas a Splendorey Associados, que teria uma sede fantasma em São Paulo, e a Andros Management, com sede nas Bahamas.

Segundo os papéis, a Splendorey seria do banqueiro aposentado Jean Marie Lannelongue. Outras duas "offshores" são a Janus holding e a Compania de Asesores de Energia S.A. 

Fonte: Folha de S. Paulo, de 31/05/2008

 


Serra descarta investigação; e Alckmin se cala  

O governador José Serra (PSDB) descartou ontem abrir uma investigação sobre supostas irregularidades envolvendo os contratos da multinacional francesa Alstom com o governo paulista. "Não há o que investigar. O Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal já investigam o caso. Já há também uma apuração própria do Metrô", afirmou o tucano durante inauguração de uma estação de tratamento de esgoto em Mococa (SP).

Serra disse não ter conhecimento dos documentos suíços. "Soube pelo jornal", afirmou, em referência à reportagem de "O Estado de S. Paulo". Ele disse ainda que o governo vai ajudar nas investigações, se for solicitado. "Estamos à disposição das autoridades para os esclarecimentos que forem necessários", afirmou ele.

Questionado sobre o fato de o atual secretário de Estado dos Transportes, Mauro Arce, ter sido secretário de Energia durante a época em que os repasses foram feitos às offshores, Serra respondeu: "Não há o que declarar. O nome dele [Mauro Arce] sequer foi citado".

O secretário Mauro Arce, que acompanhou o governador na viagem ao interior, disse que não conversou com o ele sobre o assunto. "A matéria foi vaga, eu nem fui citado. Não há o que declarar."

O ex-governador e pré-candidato a prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não quis comentar ontem as investigações relativas ao caso Alstom. Ele não participou de compromissos abertos de campanha.

Segundo sua assessoria, o tucano apóia as investigações relativas ao caso e afirma desconhecer as supostas irregularidades apontadas até agora pelas autoridades. Ele também estaria esperando o surgimento de nomes para se pronunciar novamente a respeito do caso.

No início deste mês, em entrevista à Folha, Alckmin afirmou: "Toda a responsabilidade do governo Mario Covas é minha também. Isso é uma continuidade, é governo do PSDB. Se é do PSDB, não tem distinção. Eu nunca tinha ouvido falar nisso. Entendo que, se houver um fato concreto, ele deve ser apurado rigorosamente, rigorosamente, somos os mais interessados nisso". 

Fonte: Folha de S. Paulo, de 31/05/2008

 


Offshore MCA concentrou 50% das propinas para tucanos, diz Suíça 

Um único contrato de consultoria teria sido usado para dar cobertura a mais da metade das propinas supostamente pagas, entre outubro de 1998 e abril de 2001, a pessoas ligadas ao governo de São Paulo, então sob o comando do PSDB. Segundo as investigações do Ministério Público da Suíça, o contrato foi fechado entre a Alstom e a offshore MCA Uruguay Ltda. Outras offshores, empresas com sede em paraísos fiscais, fecharam contratos da mesma natureza. 

Com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, a MCA era administrada pelo brasileiro Romeu Pinto Júnior, que não quis falar ao Estado sobre o assunto. 

Os supostos serviços de consultoria foram formalizados em contratos para dar cobertura à promessa de comissões. O valor foi prometido em troca da assinatura de um contrato entre Alstom e Eletropaulo: o Gisel II, orçado, segundo os investigadores suíços, em 251,7 milhões de francos franceses (o equivalente a R$ 98,1 milhões, em valores de hoje). 

O contrato previa que a MCA receberia o equivalente a 7,5% do valor do Gisel II. A quantia (18,9 milhões de francos franceses ou R$ 7,3 milhões) foi depositada diretamente pelo grupo Alstom em contas bancárias da MCA na Suíça e em Luxemburgo. O mesmo porcentual (7,5%) é descrito em uma anotação interna apreendida pelas autoridades suíças como o objeto de um "acordo" destinado a remunerar "o poder político" da época, que estaria sendo supostamente negociado "via um ex-secretário do governador", identificado pelas iniciais "RM". A MCA recebeu outros 2,8 milhões de francos franceses (R$ 1,1milhão) de forma indireta, repassados por intermédio de outras empresas offshore.  

As propinas inicialmente prometidas a servidores e pessoas ligadas ao governo paulista, pagas por meio da MCA e outras offshores, segundo as investigações do Ministério Público da Suíça, chegariam a quase 15% (37,7 milhões de francos franceses, R$ 14,7 milhões atualizados) do valor total do contrato entre a Alstom e a Eletropaulo. muitas empresas para o Brasil. 

Há documentos apontando o efetivo pagamento de 34 milhões de francos franceses, equivalentes a R$ 13,5 milhões, depositados na conta de quatro offshore. 

Ainda de acordo com os investigadores suíços, as propinas, embutidas em contratos de suborno disfarçados de consultoria teriam sido prometidas a pessoas que, nos documentos internos da matriz da empresa Alstom, em Paris, aparecem sob vários pseudônimos.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 31/05/2008

 


Brecha na Lei Fiscal também ajuda União 

A aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei Complementar 132, que flexibiliza a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), está sendo usada pelo governo federal para tentar se livrar da ameaça de o Tesouro Nacional e o Banco Central ficarem proibidos de contratar qualquer operação de crédito. A advertência ao governo vem sendo feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa do estouro nos gastos com pessoal do Ministério Público do Distrito Federal, que faz parte da estrutura da União. 

Nos últimos dois anos, o TCU tem emitido repetidos alertas ao procurador-geral da República pelo fato de as despesas com pessoal do Ministério Público superarem 90% do limite máximo permitido pela LRF. No acórdão 382/2008, o plenário do tribunal alerta que o processo de implantação escalonada do plano de carreira do órgão, entre dezembro de 2007 e dezembro de 2008, "potencializa o risco de descumprimento do limite máximo fixado", o que inevitavelmente deixaria a União como um todo impossibilitada de contratar operações de crédito. 

Essa penalidade decorre do artigo 23 da LRF, que prevê, no caso de descumprimento dos limites de gasto de pessoal em qualquer um dos Poderes, que todo o ente público (Executivo, Legislativo e Judiciário) fica proibido de contratar operações de crédito e receber transferências voluntárias. Esse artigo foi concebido para inibir o crescimento das despesas em Estados e municípios, mas também se aplica à União. 

Para não correr esse risco, o presidente Lula chegou a baixar decreto, em 28 de dezembro de 2007, aumentando o limite de despesa do órgão do DF em 43,75%. A manobra chamou a atenção do TCU, que abriu processo para questionar a sua legalidade. Segundo avaliou um técnico do TCU, o governo decidiu não arriscar e apoiar o projeto 132 por saber que a legalidade do decreto é frágil e que o Ministério Público do Distrito Federal vai elevar suas despesas. 

O projeto aprovado na Câmara na quarta-feira à noite, e que ainda depende de votação no Senado, evita que uma infração da LRF em um Poder, em particular, afete todo o ente. Ou seja, se prosperar o texto aprovado, o descumprimento do limite de gasto com pessoal no Distrito Federal não produzirá constrangimento ao governo federal. 

O mesmo deve ocorrer nos Estados em que Judiciário, Ministério Público ou Legislativos descumprem o limite de gasto. Ao menos 12 Unidades da Federação estão nessa situação. 

FECHAR BRECHAS 

Além do interesse particular da União na aprovação do projeto 132, o Estado apurou que o Ministério da Fazenda rejeitou propostas que lhe foram apresentadas pela área técnica com o objetivo de fechar brechas na LRF. As mudanças sempre foram tratadas como tabu pelos técnicos, que temiam que uma discussão sobre aprimoramento da LRF abrisse espaço para sua flexibilização. No caso atual, porém, como a discussão fora aberta pelo próprio governo, ao enviar o projeto ao Congresso, os técnicos decidiram intervir para evitar abusos e introduzir mudanças que dessem fim às manobras dos tribunais de contas estaduais. 

Entre as alterações propostas estava a proibição explícita de que as leis orçamentárias contivessem previsão de despesa superior aos limites da LRF. Segundo um técnico que participou do debate, "a ordem foi nem corrigir erro de português".  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 31/05/2008

 


Economistas vêem risco de descontrole nos Estados
 

As mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal aprovadas pela Câmara dos Deputados na terça-feira podem implodir os poucos instrumentos de controle que os Executivos estaduais ainda têm sobre os gastos dos demais Poderes com pessoal. A avaliação é de técnicos do Tesouro Nacional, do Congresso Nacional e do Tribunal de Contas da União (TCU) e de economistas especializados em finanças públicas. 

"Esse projeto é um tiro no pé dos governadores", sintetizou o economista José Roberto Afonso, considerado um dos pais da Lei Fiscal. "É preciso repensar tudo. O que precisava mudar não mudaram, e o que não precisava mudar, mudaram", criticou. Afonso ainda aposta numa reversão quando o projeto chegar ao Senado. 

Além de fragilizar o princípio de limites por Poder, as mudanças também reduzem a eficácia dos instrumentos de coerção política e social sobre os Poderes. Em 2006, por exemplo, o então governador de Sergipe, João Alves (PFL), ficou impossibilitado de receber um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) porque a Assembléia Legislativa sergipana estourou os limites da Lei Fiscal. Apesar do efeito negativo para o Estado, a situação obrigou os deputados estaduais a, pelo menos, começarem a adotar algumas medidas de controle de gastos. 

Este ano, o Rio Grande do Sul enfrentou situação semelhante ao fechar um empréstimo com o Banco Mundial de US$ 1 bilhão. O Tesouro negou aval para a operação porque os gastos do Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado (TCE) estavam acima do permitido. 

O desgaste público foi tão grande que os chefes desses Poderes concordaram em congelar suas despesas de pessoal na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2009. Sem esse constrangimento público, avaliam os técnicos, dificilmente os Poderes vão concordar em reduzir gastos com pessoal, pois a Lei de Crimes Fiscais é fraca e, para ser aplicada, depende dos próprios Poderes interessados.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 31/05/2008

 


Comunicado do Centro de Estudos 

Para o Curso “Letra e Música”, a ser ministrado pelo Professor Pasquale Cipro Neto, nos dias 03, 05 e 10-6-2008, das 18h30 às 21h, nas salas 3 e 4 da Escola Superior da PGE, na Rua Pamplona, 227 - 2º andar, Bela Vista, São Paulo, SP, ficam deferidas as inscrições dos Procuradores do Estado (Republicado por ter saído com incorreção): 

1. Ana Sofia Schmidt de Oliveira

2. Beatriz Penteado Stevenson Tavares Guerreiro

3. Caio Cesar Guzzardi da Silva

4. Camila Rocha Schwenck

5. Carla Maria Rossa Elias Rosa

6. Célia Maria Cassola

7. Daniel Arévalo Nunes da Cunha

8. Eduardo Vasques da Costa

9. Guiomar Moraes Leitis

10. Heloisa Sanches Querino Chehoud

11. João Luiz da Rocha Vidal

12. Juvenal Boller de Souza Filho

13. Liete Badaró Accioli Piccazio

14. Lúcia de Faria Freitas

15. Luciana Augusta Sanchez

16. Luciane Lotfi Neri

17. Luiz Francisco Torquato Avolio

18. Maria Beatriz Normanha da Silva Martins Lazarini

19. Maria Betania Costa Nader

20. Maria Christina Tibiriçá Bahbouth

21. Maria do Carmo Toledo Arruda de Quadros

22. Marina Mariani de Macedo Rabahie

23. Martha Coelho Messeder

24. Maurício Pereira Doutor

25. Paola de Almeida Prado

26. Paulo de Tarso Neri

27. Regina Valéria dos Santos Mailart

28. Thereza Christina Riccó Della Santa

29. Valeria Martinez da Gama

30. Vera Wolf Bava Moreira 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 1/06/2008