APESP

 
 

   



 

DECRETO Nº 52.761, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2008 

Fixa prazo especial para recolhimento do ICMS devido, na condição de sujeito passivo por substituição, pelas operações subseqüentes com as mercadorias que especifica JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 59 da Lei 6.374, de 1° de março de 1989, Decreta:

Artigo 1° - Fica prorrogado para o último dia do segundo mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador o prazo para recolhimento do ICMS devido, na condição de sujeito passivo por substituição, pelas operações subseqüentes com as mercadorias sujeitas ao regime da substituição tributária referidas nos artigos 313-A a 313-H do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000.

Artigo 2° - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos para os fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2008. 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção Decretos, de 29/02/2008

 


PGE suspende aumento de medicamentos  

A Procuradoria Geral do Estado suspendeu sentença do Juiz da 14ª Vara da Fazenda Pública da Capital em mandado de segurança impetrado por Novartis Biociências S/A, que havia afastado a aplicação do Coeficiente de Adequação de Preços – CAP, nas licitações para a aquisição de medicamentos pela Secretaria da Saúde. 

O Presidente do Tribunal de Justiça entendeu que a sentença poderia afetar a ordem, a saúde e a economia públicas diante da relevância dos direitos envolvidos. Considerou ainda que a aplicação desse Coeficiente nas licitações para a aquisição de medicamentos vem sendo aceita pelo Superior Tribunal de Justiça. 

O pedido de suspensão dos efeitos da sentença concessiva da segurança foi elaborado pelo Procurador do Estado Romualdo Baptista dos Santos, classificado na Procuradoria Judicial. 

A decisão do Tribunal de Justiça permitirá que continue a ser aplicado o CAP como redutor de preços cobrados para todos os medicamentos licitados pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo até o julgamento final do recurso apresentado pela Procuradoria Geral do Estado. 

Fonte: site da PGE, de 28/02/2008

 


Proposta de reforma tributária traz avanço do IVA-F sobre serviços  

Além de permitir a unificação do ICMS e eliminar os tributos que serão reunidos no imposto sobre valor adicionado (IVA-F), a proposta de emenda constitucional da reforma tributária traz outras mudanças não anunciadas.   

Caso aprovada, a União terá o poder de tributar operações com bens e serviços, inclusive importações. Trata-se de uma nova base de tributação para a União, que só não poderá tributar as operações que já pagam o ICMS. "Essa tributação pode acontecer por meio do IVA-F ou por algum outro novo imposto federal", diz o advogado Júlio de Oliveira, do Machado Associado.   

Embora a integração do ISS ao IVA-federal ou ao ICMS tenha sido adiada, o dispositivo, explica Oliveira, permite que a União tribute inclusive os serviços sobre os quais já se recolhe o ISS cobrado pelos municípios. "Essa alteração permite que a União tribute o que já paga ISS e também várias outras operações de natureza diversa. É uma previsão extremamente genérica", critica. A mudança chama a atenção num momento em que a arrecadação de serviços cresce acima da tributação sobre circulação de mercadorias.   

Outra norma que deverá preocupar as empresas, diz Oliveira, é a suspensão da anterioridade de 90 dias e da anterioridade de um ano durante os dois primeiros anos de implantação do novo ICMS. A exposição de motivos, lembra o advogado, diz que a suspensão da anterioridade é excepcional para propiciar uma capacidade de reação mais célere dos Estados caso haja "declínio abrupto e inesperado" de suas receitas. A exposição diz que, para evitar surpresas ao contribuinte, há prazo de 30 dias para alterações que resultem em aumento do novo ICMS. "Esse prazo é curto para um momento de transição que deverá ser complexo também para as empresas."   

Fernando Zilveti, sócio do Zilveti e Sanden Advogados, chama a atenção para dispositivos que podem alterar a estrutura de receitas de Estados e principalmente de municípios.   

Hoje 25% do ICMS recolhido pelos Estados são distribuídos às prefeituras. Desses 25%, três quartos são transferidos com base no valor adicionado em cada município. A proposta de reforma prevê a possibilidade de alterar esse critério, o que deve prejudicar as cidades que, com maior atividade econômica, possuem hoje uma fatia maior no bolo do ICMS. "É bom lembrar, porém, que o novo critério deverá ser definido por lei complementar. E pela reforma proposta, somente a União e os Estados poderão propor lei complementar. Os municípios, não", diz o advogado.   

Para Júlio de Oliveira, caberá ao Legislativo definir itens importantes do novo ICMS, como alíquotas, base de cálculo e substituição tributária, por exemplo. "O Confaz, porém, ficou mais poderoso e ainda poderá determinar incentivos fiscais, parcelamentos e anistias, por exemplo. Trata-se de uma definição muito grande para um órgão composto por representantes dos Estados."   

Caso descumpram as atribuições que cabem ao Confaz ou ao Legislativo, Estados e Distrito Federal deverão, segundo a proposta, ficar sujeitos à retenção dos valores de transferências do novo ICMS pela União, além de poder sofrer seqüestro de receitas. "A proposta, aliás, prevê outras sérias punições nesses casos" lembra Oliveira. São sanções que vão desde multa, suspensão de direitos políticos, indisponibilidade de bens e ação penal para os representantes dos Estados e Distrito Federal. "Sem dúvida são punições duras. Resta saber se elas realmente serão aplicadas."   

Zilveti lembra de mudanças constitucionais propostas que fogem do objetivo principal da reforma. Uma exemplo é a alteração que poderá preocupar as empresas que enfrentam ações judiciais trabalhistas. Pelo texto sugerido, a execução da cobrança da contribuição previdenciária sobre valores recolhidos por determinação das sentenças em ações trabalhistas serão executadas pela própria Justiça do Trabalho. Hoje essa execução acontece na Justiça Federal.   

Fonte: Valor Econômico, de 29/02/2008

 


IVA federal incidirá sobre serviços e dará à União um superimposto 

A proposta de emenda constitucional da reforma tributária entregue ontem pelo governo ao Congresso mostra que o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) vai ser um superimposto federal. A base sobre a qual incidirá será mais ampla que a de todos os demais tributos do País e equivalerá às bases somadas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Serviços (ISS). Para uma fonte da área econômica, ele será cobrado sobre "praticamente tudo". 

O IVA, de acordo com a emenda, incidirá sobre "operações com bens e prestações de serviços, ainda que as operações e prestações se iniciem no exterior". Foi justamente por causa da amplitude da base do tributo e das possibilidades de aumento de receita do Tesouro Nacional que o governo incluiu na proposta um mecanismo para limitar a carga tributária. 

Pelo texto, lei complementar determinará "limites e mecanismos de ajuste da carga", para que a arrecadação obtida pelo novo imposto não seja maior do que a das quatro contribuições que ele substituirá - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que é cobrada sobre combustíveis, e o salário-educação. 

O Ministério da Fazenda explicou que o IVA terá duas ou três alíquotas, o que permitirá calibrar a tributação de cada setor da economia. A avaliação da equipe econômica é que foi justamente por prever uma única alíquota que a transformação da Cofins em um tributo não cumulativo provocou grande confusão. Parcela significativa das empresas preferira continuar no regime cumulativo. 

Nas discussões internas, o governo trabalha com a hipótese de utilizar a menor alíquota do IVA para o setor de serviços, para que sua carga não aumente. Mas essa definição terá de ser feita por lei complementar, já que a emenda não estabelece o número de alíquotas do imposto. A proposta de reforma prevê ainda que o IVA será regido pelo princípio da noventena, ou seja, mudanças de alíquotas passam a valer 90 dias depois de aprovadas pelo Congresso, e não no ano seguinte. 

Outra novidade da proposta é a permissão para que empresas possam obter créditos do novo IVA e do novo ICMS com a aquisição de "bens de uso e consumo". Até agora, apenas a compra de máquinas e equipamentos permitia a desoneração dos dois tributos. 

A Lei Kandir tentou desonerar os "bens de uso e consumo" da incidência do ICMS, mas os governadores não aceitaram, com o argumento de que seus Estados teriam perda de receita de R$ 17 bilhões. O Ministério da Fazenda acredita que o novo modelo tributário permitirá receita suficiente para que essa desoneração seja feita.  

Estados vão poder definir ICMS de alguns itens 

Após a reforma tributária, os Estados continuarão com autonomia para aumentar ou diminuir a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de alguns produtos a serem especificados em lei complementar. O dispositivo consta da proposta de emenda constitucional entregue ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao Senado. É um agrado aos governadores, potencialmente o maior foco de resistência à reforma. 

Para obter apoio, o governo incluiu outros atrativos na proposta. Os governadores também foram autorizados a pagar subvenções a empresas, a fim de atrair investimentos para seus Estados mesmo após o fim da chamada guerra fiscal. Essas subvenções, porém, tendem a ser de valor menor do que os incentivos fiscais atuais. Os recursos sairão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR). Outra concessão foi a manutenção da cobrança de 2% do ICMS no Estado de origem do produto. A idéia inicial era cobrar o tributo exclusivamente no destino de consumo. 

Alguns governadores temem que empresas que se instalaram em seus Estados por causa dos descontos no ICMS se retirem após a reforma. A guerra fiscal hoje existente é provocada pela maneira como é apropriada a receita do ICMS. A maior parcela do imposto fica com o Estado onde é produzido o bem ou o serviço, ou seja, na origem. Por isso, os governadores concedem incentivos fiscais para que as indústrias se estabeleçam em seus Estados.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 29/02/2008

 


Serra critica perda de receita com reforma 

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou ontem o fim da compensação aos Estados na isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre as exportações, ponto previsto no projeto de reforma tributária enviado pelo governo ao Congresso. De acordo com ele, a aprovação desse item seria inconveniente, uma vez que outras medidas previstas no projeto já reduzem a arrecadação de São Paulo. 

Serra ressaltou que ainda não teve a oportunidade de ler detidamente o texto do projeto, mas mencionou especificamente a questão da alíquota interestadual de ICMS. "Essa medida vale a pena, pois ajudaria a reduzir o ímpeto da guerra fiscal", opinou o governador, após a cerimônia de assinatura do contrato de financiamento de US$ 30 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o programa de recuperação de rodovias no Estado. 

Questionado sobre a intenção do governo de cortar repasses para Estados que insistirem na guerra fiscal, Serra avaliou que se trata de uma medida de difícil materialização. "Não me parece um mecanismo muito seguro", observou. 

RESISTÊNCIA 

O secretário da Fazenda de Minas, Simão Cirineu Dias, disse ontem que há resistência a alguns pontos da reforma. "Os Estados exportadores, como Minas e São Paulo, terão uma perda muito grande", destacou. 

Entre esses pontos, ele destacou a manutenção de uma alíquota interestadual mínima de 2% do ICMS,para beneficiar os Estados exportadores que perderiam arrecadação na transição da cobrança do imposto da origem para o destino. 

Antes da proposta de reforma, a alíquota média do imposto era de 7%. Durante as discussões, os Estados exportadores reivindicaram 4%, enquanto o governo propôs alíquota zero. O Planalto fechou em 2%. 

As primeiras avaliações da Secretaria da Fazenda são de que cada um ponto porcentual de redução na alíquota representaria uma queda de R$ 200 milhões por ano na arrecadação. Dessa forma, o Estado perderia R$ 1 bilhão/ano com a mudança.  

O secretário argumentou, entretanto, que é preciso verificar se essas perdas serão devidamente ressarcidas pelo Fundo Equalizador de Receitas (FER), composto por recursos da compensação da antiga Lei Kandir e de parcela do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Vamos fazer as contas e verificar se 2% é possível. A grande discussão será essa." 

Outro ponto criticado foi o volume de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), criado para compensar os Estados mais pobres com o fim da guerra fiscal, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O fundo terá um volume da ordem R$ 9,5 bilhões em 2010 e deverá atingir R$ 14,6 bilhões em 2016, a serem aplicados em investimentos em infra-estrutura, financiamentos de empresas e ações de desenvolvimento nos Estados. "Os Estados não estão contentes com o valor definido para o fundo", avisou Dias.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 29/02/2008

 


Comissão corta R$ 224 mi do Rodoanel de SP 

Uma verba federal de R$ 224 milhões para o trecho sul do Rodoanel em São Paulo foi eliminada ontem do Orçamento de 2008 pela comissão do Congresso que analisou o assunto. Governistas e oposicionistas dizem que houve uma confusão na hora de votar e que os recursos para o Rodoanel foram retirados por engano. A promessa é incluir novamente a verba no Orçamento na votação em plenário, na próxima quarta-feira.

A votação também tirou verba para várias obras do Judiciário, entre elas R$ 10 milhões para a modernização da sede do Supremo Tribunal Federal, R$ 7,5 milhões para a sede do Conselho Nacional de Justiça, R$ 9,5 milhões para o Tribunal Regional Federal da 1ª região e R$ 40 milhões para a nova sede do Tribunal Superior Eleitoral.

O presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, prevê prejuízos administrativos: "Não me cabe nenhuma atitude a não ser acatar a deliberação de nossos representantes, deputados e senadores. Se eles resolveram, numa opção política, diminuir o orçamento da Justiça Eleitoral, que se aguarde conseqüências quanto ao funcionamento da própria máquina, de imediato e projetado no tempo".

Em todos os casos, a comissão analisou destaques supressivos (um mecanismo que exclui do texto a parte destacada) do deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA). No caso do Rodoanel, ele apresentou um "destaque supressivo" da verba em razão do custo por quilômetro -R$ 40 milhões. "É alto demais. Tem de ter uma explicação para isso, mas o governo federal não aceita discutir nada", declarou Queiroz.

O governo paulista afirma que o custo é alto por se tratar de uma pista de mão dupla, com oito faixas no total, além de necessidade de construção de túneis e remoção de casas. Na hora da votação, o presidente da comissão, senador José Maranhão (PMDB-PB), repetiu a fórmula em que pedia aos que fossem favoráveis que permanecessem com as mãos abaixadas, enquanto os contrários levantariam os braços. De maneira unânime, o plenário permaneceu imóvel, achando que estava votando favoravelmente ao relatório do deputado federal José Pimentel (PT-CE), que mantinha os recursos para o Rodoanel. Na verdade, aprovaram o destaque de Queiroz.

Alertados, líderes do governo e do PSDB assinaram requerimento para derrubar o destaque no plenário. "Os líderes do governo não estavam na sala no momento do encaminhamento. Nós nos comprometemos a recompor essa verba", disse Gilmar Machado (PT-MG).

Ontem o governador paulista José Serra foi tranqüilizado por telefone pelo presidente da Comissão de Orçamento, senador José Maranhão (PMDB-PB), que atribuiu o corte a um equívoco e se comprometeu a recompor o texto original. Serra manifestou preocupação: "Espero que não [haja dificuldade no plenário]. Houve até um acordo por escrito nesse sentido. Seria um prejuízo imenso".

A retirada da verba ocorreu um dia após o PSDB ter sido o único partido a votar contra a manutenção de R$ 534 milhões em emendas "contrabandeadas" ao Orçamento por membros da comissão. O partido quer obstruir a votação do Orçamento em plenário em protesto contra o "contrabando".

Tucanos não vêem o corte da verba do Rodoanel como retaliação: "Foi um erro de votação, uma confusão mesmo. Há um entendimento entre todas as bancadas sobre a necessidade dessa obra", disse o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP).  

Fonte: Folha de S. Paulo, de 29/02/2008

 


Penhora on-line muda em março
 

O Banco Central começa a testar a partir hoje a fase II do sistema Bacen Jud 2.0, que permite aos juízes bloquear valores depositados no sistema financeiro. Na fase II, disponível a todo o Judiciário apenas a partir do dia 17 de março, começam a operar novas funções que devem melhorar o funcionamento do sistema para devedores e credores. A ferramenta mais esperada é a consulta on-line dos saldos das contas correntes, o que deve evitar o bloqueio indevido de contas, uma das principais críticas dos advogados ao Bacen Jud. Também haverá recursos úteis aos credores, como acesso a endereços comerciais e residenciais declarados aos bancos, considerados mais atualizados, e o envio das ordens eletrônicas também aos bancos de investimento e múltiplos.   

Prevista para hoje, a estréia da fase II foi adiada pelo BC para permitir testes e localizar falhas, liberando o acesso a apenas 20 juízes neste meio-tempo. As novas ferramentas disponíveis incluem também a consulta on-line à movimentação recente das contas e a transferência eletrônica dos valores já bloqueados. O plano do Banco Central inclui desativar o Bacen Jud 1.0, que tem uma movimentação apenas residual. Dos 2,7 milhões de acessos ao Bacen Jud em 2007, apenas 80 mil foram pelo 1.0. Já os bloqueios feitos pelo 1.0 só poderão ser desfeitos por envio de ofício em papel, pois ele não é compatível com o 2.0.   

A consulta de saldos e extratos pelos juízes gera apreensão entre advogados pelo risco de quebra do sigilo bancário dos clientes nas ações de cobrança. Mas o Banco Central informa que o sistema permite que o juiz consulte o valor dos depósitos até determinado teto - equivalente à execução - o que evita a abertura de todos os dados do correntista. De acordo com o sócio de contencioso do Machado, Meyer, Sendacz e Ópice, Domingos Refinetti, o juiz deve restringir-se ao pedido feito pela parte, assim, não interessa a ele saber se o correntista tem, por exemplo, R$ 8 milhões se a ação de cobrança é de R$ 8 mil. Também não cabe a ele saber o histórico de movimentações do devedor, para por exemplo localizar um esvaziamento de patrimônio, já que o objetivo da consulta é apenas saber se há ou não dinheiro disponível para garantir o débito.   

O desbloqueio on-line já existia no Bacen Jud 1.0, de 2001, e o Bacen Jud 2.0, lançado no fim de 2006, apenas permitiu a comunicação imediata da liberação da conta ao juiz. O problema, diz Domingos Refinetti, não era exatamente tecnológico: uma vez bloqueada uma conta, nem sempre o juiz aceitava desbloqueá-la sem relutância. A vantagem da consulta prévia será evitar a necessidade de pedidos de desbloqueio.   

A consulta ao endereço dos correntistas dos bancos é vista por alguns advogados como a informação mais atualizada possível sobre o paradeiro de um devedor desaparecido. Com sua disponibilidade, será mais fácil encontrar as partes para citação, sem o que a execução de uma sentença não pode começar. Mas a sócia do Carvalho Advogados, Eunice Novaes, diz que o recurso é mais útil apenas para encontrar pessoas físicas, já que uma empresa não desaparece tão facilmente. A inclusão de outras instituições, como os bancos de investimento e múltiplos, deverá ajudar apenas para restringir o destino de eventuais fugas de recursos.   

O Banco Central também estuda uma "fase III" do Bacen Jud 2.0, que incluirá a penhora on-line de ativos em cooperativas de créditos, corretoras de ações e distribuidoras de títulos. A mudança deve demorar algum tempo, pois depende da integração do Bacen Jud ao Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS), um banco de dados de todas as contas e ativos registradas no sistema financeiro. A integração permitirá desafogar o tráfego de informações, pois hoje o BC precisa comunicar a todas as instituições financeiras cada ordem emitida pelos juízes. Com a integração, a ordem irá apenas àqueles bancos em que o devedor tem algum registro. O BC recebe 15 mil ordens por dia, enviadas para cerca de 150 instituições. Mas há 1,6 mil cooperativas de crédito e centenas de corretoras e distribuidoras.   

Fonte: Valor Econômico, de 29/02/2008

 


CNJ lança banco de dados da Justiça  

A corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou ontem o sistema "Justiça Aberta" que armazenará dados de movimentação processual e produtividade de todos os juízes do país. O sistema será alimentado mensalmente com informações como número de sentenças, de audiências, de novos processos e outros dados que permitem medir a produtividade de um juiz. O objetivo é localizar varas problemáticas e providenciar soluções. Mais de 50% dos processos que chegam à corregedoria do CNJ são reclamações por excesso de prazo - ou seja, por demora na decisão judicial.   

O lançamento foi feito pelo corregedor-geral do CNJ, Cesar Asfor Rocha, em reunião com corregedores de tribunais de Justiça de todo o país, os quais ficarão encarregados de determinar aos seus juízes que preencham os dados solicitados pelo CNJ. Para Asfor Rocha, a adesão ao sistema deverá ser rápida, mas ele acredita que os primeiros resultados ainda deverão demorar alguns meses para sair.   

Segundo ele, o sistema permitirá todos os cruzamentos de dados possíveis, comparando a produção de juízes de diferentes Estados, de diferentes comarcas e em diversas especialidades - como cível, criminal, família etc. Os dados serão atualizados mensalmente e estarão livres para consulta na internet.   

A corregedoria apresentou ontem também o seu banco de dados sobre serventias extrajudicias - os cartórios - que ainda está com dados incompletos. De acordo com Asfor Rocha, há 13 mil cartórios cadastrados, mas faltam dados sobretudo de São Paulo, o que desequilibra a amostra. Como o Estado de São Paulo concentra cerca de 40% da movimentação processual do país, afirma Asfor Rocha, o impacto da falta de suas informações na base de dados é grande. O corregedor do CNJ não informou os dados já obtidos sobre o faturamento dos cartórios, mas afirma que mesmo quando completos estes serão divulgados com parcimônia. Segundo a estimativa da Associação Nacional dos Notários e Registradores (Anoreg), o país tem cerca de 22 mil cartórios.   

Fonte: Valor Econômico, de 29/02/2008

 


STF não cassa liminar que considera ilegal greve na AGU 

Os advogados da União, em greve desde 17 de janeiro, podem ser punidos pela paralisação. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, manteve decisão que considerou a greve ilegal. 

A decisão do ministro ainda é liminar e mantém outra liminar, da 16ª Vara Federal do Distrito Federal. Paralelamente, há outra liminar do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que considera a greve legal. O caso já foi para julgamento no Superior Tribunal de Justiça, mas o ministro Barros Monteiro, presidente do STJ, entendeu que a discussão envolve questões constitucionais e, portanto, encaminhou ao Supremo. 

A manifestação de Lewandowski, publicada nesta quinta-feira (28/2) no Diário de Justiça, no entanto, não se deu nesse processo, e sim em uma Reclamação ajuizada pela OAB. A Ordem alegou que a Justiça do DF desrespeitou a decisão do Supremo nos Mandados de Injunção 670, 708 e 712. Nestes processos, o STF declarou que, enquanto o Congresso Nacional não regulamenta a greve no serviço público, a manifestação deve seguir as mesmas regras da iniciativa privada. 

Os argumentos não foram acolhidos por Lewandowski. “A inicial, embora bem elaborada, não comprova, ictu oculi, ou seja, de forma inequívoca, que os grevistas estariam cumprindo todos os requisitos da Lei 7.783/89, conforme previsto nos Mandados de Injunção 670/ES, 708/DF e 712/PA.” 

A origem da greve dos defensores da União está em um acordo de reajuste salarial não cumprido pelo governo: um aumento salarial de 25% a partir de novembro do ano passado. O movimento ganhou força por outras razões. Uma delas foi a intensificação de disputas internas entre os grupos vitaminados pela politização da carreira. Na esteira desse processo, começaram a se suceder atritos com Ministérios num quadro em que o principal cliente da Advocacia Pública ficou em segundo plano. O confronto foi estabelecido. 

Fonte: Conjur, de 29/02/2008

 


Comunicado Centro de Estudos 

A Procuradora do Estado Chefe do Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado, por determinação do Procurador Geral do Estado, Convoca os Procuradores do Estado e Servidores da Procuradoria Regional de Campinas, abaixo relacionados, para a palestra de treinamento para implantação do i-notes: 

Turma I

Local: Secretaria da Fazenda Campinas
Endereço: Rua Alberto Sarmento nº 04, Bonfim, 3º andar - Campinas SP.

Dias: 05/03/2008

Horário: 09:00 as 12:00 .

1. André Luiz Gardesani Pereira; 2. Aparecida Conceição Moretti; 3. Aparecida Maria da Silva; 4. Dulce de Amorim do Nascimento; 5. Fabrizio de Lima Pieroni; 6. Gilberto Bonança; 7. Guilherme Malaguti Spina; 8. Ione Garcia Borges; 9. José Paulo Martins Gruli; 10. Juarez Sanfelice Dias; 11. Luciana Penteado Oliveira; 12. Luis Gustavo Santoro; 13. Luzia Cristina de Castro; 14. Mara Cristina Ferreira; 15. Marcia Martins de Souza; 16. Maria Cristina Biazão Manzato; 17. Neusa Maria Morais; 18. Paulo Guilherme Gorski Queiroz-; 19. Rodrigo Manoel Carlos Cilla; 20. Wladimir Novaes;

Turma II

Local: Secretaria da Fazenda Campinas

Endereço: Rua Alberto Sarmento nº 04, Bonfim, 3º andar - Campinas SP.

Dias: 05/03/2008

Horário: 14:00 às 17h00 .

1. Cândida Sanchez Gómez Tiziani; 2. Carolina Quaggio Vieira; 3. Eduardo da Silveira Guskuma; 4. Enio Moraes da Silva; 5. Fabrizio Lungarzo O `Connor; 6. Glauco Farinholi Zafanella; 7. Heitor Teixeira Penteado; 8. Heloisa Beluomini Lomba Martinez; 9. Janine Gomes Berger de Oliveira Macatrão; 10. Jivago Petrucci; 11. José Fernando Previero; 12. Luciano Carlos Melo; 13. Marcio Coimbra Massei; 14. Maria Aparecida de Avelar Arruda; 15. Maria Fernanda Silos Araújo; 16. Marilda Benedita C. Micheletto; 17. Mercival Panserini; 18. Mônica Hildebrand de Mori; 19. Vanderlei Aníbal Junior; 20. Vânia Ribeiro Tavares;

Turma III

Local: Secretaria da Fazenda Campinas

Endereço: Rua Alberto Sarmento nº 04, Bonfim, 3º andar - Campinas SP.

Dias: 06/03/2008

Horário: 09:00 as 12:00 .

1. Alessandra Seccacci Resch; 2. Christiane Mina Falsarella; 3. Daniela Yuri I Cosimato; 4. Eduardo Aluízio Esquivél Millás; 5. Elisabeth de Figueiredo; 6. Igor Volpato Bedone; 7. Inês Tomaz; 8. Janozilda Ramos; 9. José Renato Rocco Gomes; 10. Luzia de Fátima Gomes; 11. Marcelo Trefiglio M. Vieira; 12. Maria Catarina de Jesus Silva; 13. Maria Ilza Gonçalves de Matos Silva; 14. Maria José de Azevedo Irineu; 15. Maria Rosária E. Toledo; 16. Pablo Francisco dos Santos; 17. Patrícia Leika Sakai; 18. Roberto Yuzo Hayacida; 19. Rogério Ferrari Ferreira; 20. Silvia Vaz Domingues;

Turma IV

Local: Secretaria da Fazenda Campinas

Endereço: Rua Alberto Sarmento nº 04, Bonfim, 3º andar - Campinas SP.

Dias: 06/03/2008

Horário: 14:00 as 17:00

1. Agatha Junqueira Weigel; 2. Ana Martha Teixeira Anderson; 3. Antonio Augusto Bennini; 4. Arilson Garcia Gil; 5. Arthur da Motta Trigueiros Neto; 6. Cíntia Byczkowski; 7. Henrique Martini Monteiro; 8. Margareth Viana; 9. Mariana Rodrigues Gomes Morais; 10. Marília de Carvalho Macedo Guaraldo; 11. Mariza Conceição Gomes; 12. Moisés Francisco Siqueira; 13. Rose Meire Garbino da Silva; 14. Sandra Mara Rodrigues de Souza; 15. Sergio Luiz de Almeida Pedroso; 16. Sônia Maria Bitencourt Amarante; 17. Tânia Mara Fernandes Martins; 18. Teresinha A Marques Bortolotte; 19. Vera Helena C A Sugawara; 20. Viviam Alves Carmichael Serão conferidos certificados a quem registrar freqüência. 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 29/02/2008

 


Comunicado Centro de Estudos 

A Procuradora do Estado Chefe do Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado, por determinação do Procurador Geral do Estado, Convoca os Procuradores do Estado e Servidores da Procuradoria Regional de São Carlos, abaixo relacionados, para a palestra de treinamento para implantação do i-notes: 

Turma I

Dia: 29/02/2008

Horário: das 9h às 12h

Local: Hotel Anacã (Quality hotel)

Endereço: Av. São Carlos, 2690 - São Carlos, SP.

1. Aguinaldo José Florindo;2. Ambrózia Maria da Silva de Souza;3. Célia Dakuzako Kuniyoshi;4. Eda de Oliveira;5. José Camillo Rodrigues;6. José Roberto Gonçalves;7. Márcia Aparecida Batistini Gauthier Caraccioli;8. Maria Sanches Haro;9. Vitor Ruiz da Cunha

Turma II

Dia: 29/02/2008

Horário: das 9h às 12h

Local: Hotel Anacã (Quality hotel)

Endereço: Av. São Carlos, 2690 - São Carlos, SP.

1. Cristina Duarte Leite Prigenzi; 2. Giovana Pólo Fernandes; 3. José Thomaz Perri; 4. Joselice Martins de Oliveira; 5. Marcos Narche Louzada; 6. Maria Cecília Claro Silva; 7. Paulo Henrique Moura Leite; 8. Regina Marta Cereda Lima; 9. Sara Corrêa Fattori; 10. Vladimir Bononi Serão conferidos certificados a quem registrar freqüência. 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 29/02/2008