APESP

 
 

   



 

Associação de procuradores de SP elege nova diretoria 

A Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo fará eleições para a sua nova diretoria, conselho fiscal e conselho assessor. A consulta acontece no dia 11 de março de 2008 nas Procuradorias regionais do interior e na sede da PGE em Brasília e dia 13 de março na Grande São Paulo. As urnas ficarão abertas das 10h às 17h. 

Há apenas uma chapa concorrendo. A diretoria e o conselho fiscal exercerão o mandato até 2010. Já os três membros do conselho assessor ficarão no cargo por quatro anos. 

Os procuradores aposentados podem votar tanto na sede da Apesp quanto nas regionais. A Apesp fica na Rua Líbero Badaró, 377, 9º andar, São Paulo. 

Leia a lista dos candidatos 

Diretoria 

Presidente: Ivan de Castro Duarte Martins 

Vice-Presidente: Uilson Ramos Franco 

Secretária Geral: Cristina de Freitas Cirenza 

Diretora Financeira: Marcia Junqueira Sallowicz Zanotti 

Diretora Social e Cultural: Ana Carolina Izidorio Davies
Diretor de Previdência e Convênios: Juarez Sanfelice Dias

Diretora de Patrimônio: Adriana Moresco

Diretor de Comunicação: Daniel Carmelo Pagliusi Rodrigues

Diretor de Assuntos Parlamentares: Caio Augusto Limongi Gasparini

Conselho assessor

José Damião de Lima Trindade

Rosina Maria Euzébio Stern

Sebastião Vilela Staut Júnior

Conselho fiscal

Ana Maria Bueno Piraino

Arilson Garcia Gil

Paulo Sérgio Garcêz Guimarães Novaes

Fonte: Conjur, de 4/03/2008

 


OAB reage ao fim de honorário para os procuradores jurídicos
 

A proposta que trata dos honorários advocatícios para ações judiciais entre órgãos da administração municipal, aprovada na sessão de segunda-feira da Câmara de Vereadores de Bauru, pode se tornar inconstitucional caso vire lei. Esse é o entendimento do presidente da subseção de Bauru da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Caio Augusto da Silva Santos. Mas opinião diversa tem o vereador e ex-juiz Toninho Garmes (PTB). Ele aponta que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece o direito a receber honorários apenas aos advogados públicos de empresas públicas (Emdurb) ou de economia mista (Cohab).  

Mas Caio Augusto salienta que a questão ainda está pendente no Judiciário, através de ação direta de inconstitucionalidade (Adi 3.396) proposta pelo Conselho Federal da OAB em janeiro de 2005. Anteontem, durante discussão do projeto em plenário, Toninho Garmes citou posição de 1998 do mesmo Supremo em relação à outra Adi (1.552), que exclui do pagamento dos honorários os procuradores jurídicos das empresas públicas e das sociedades de economia mista, mas salienta que a regra “não se aplica” aos mesmos profissionais da administração direta, das autarquias e das fundações. 

Sobre o acórdão apresentado por Garmes, Santos considera que este tratou especificamente das empresas públicas e das sociedades de economia mista e não da administração direta e outros órgãos do governo. Mas o fato é que hoje vale o ponto defendido por Garmes.  

Os três processos 

Três Adis foram ajuizadas no STF em relação à questão dos honorários. A de nº 1.552 teve liminar apenas excluindo as empresas públicas e das sociedades de economia mista, mas mantendo os demais órgãos, como administração direta, autarquias e fundações. O mérito da questão não foi julgado por fato superveniente (aprovação de emenda constitucional tratando do princípio da igualdade reclamado pela OAB). O mesmo ocorreu com a Adi 1.588. 

No momento, tramita no STF a Adi 3.396 do mesmo Conselho Federal da OAB. No site do órgão consta que a ação está conclusa ao relator, o ministro Celso de Mello, para ser julgada. Mas se depender da Procuradoria-Geral da República, os procuradores jurídicos empregados não terão honorários.  

A procuradoria deu parecer “pela procedência parcial do pedido para que, sem redução de texto, seja atribuída ao dispositivo impugnado interpretação conforme a Constituição Federal, a fim de que este não se aplique às empresas públicas e às sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica sem monopólio”. Ou seja, não se aplica distribuir honorário para advogados empregados da prefeitura, DAE e Funprev em Bauru, por exemplo, conforme o restante do texto que permanece em vigor da lei federal que alterou o estatuto dos advogados.  

Ainda assim, Caio Augusto Santos informou que a entidade vai aguardar a segunda votação no Legislativo municipal para definir que medidas serão tomadas. De acordo com ele, caso seja criada, a lei municipal poderá onerar a população com o pagamento de juros e correção monetária referentes aos honorários de sucumbência não distribuídos.  

Comentou que há três formas de os procuradores ingressarem com ação para rever a decisão, caso o projeto se transforme em lei: ação individual; através da Associação dos Procuradores Municipais; ou pelo Conselho Estadual da OAB.  

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru, de 5/03/2008

 


Procuradores da prefeitura e DAE não se manifestam sobre projeto do prefeito  

Procuradores da Prefeitura de Bauru e do Departamento de Água e Esgoto (DAE) não quiseram se manifestar sobre a votação pela Câmara Municipal do projeto de lei que diz respeito ao fim da distribuição de verba honorária para ações judiciais entre órgãos da administração municipal. A exceção foi o procurador José Roberto Anselmo, do quadro da prefeitura. 

A proposta que passou pelo Legislativo em primeira discussão manteve o texto encaminhado pelo Executivo, eliminando o pagamento de honorário para ações entre órgãos do governo municipal não só para quem é da prefeitura quanto para quem atua no DAE, Funprev, Emdurb ou Cohab. No entanto, segundo o vereador Antonio Carlos Garmes (PTB), a Câmara pretende excluir da lei as empresas públicas, como a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural (Emdurb), e as sociedades de economia mista, a exemplo da Companhia de Habitação Popular de Bauru (Cohab), conforme posição do Supremo Tribunal Federal (STF) informada no texto acima. 

Os 23 procuradores da Prefeitura de Bauru criaram a Associação dos Procuradores Municipais, presidida por Dani Monteiro, há pouco mais de um ano. Através de um servidor do setor, Monteiro informou que somente iria se manifestar sobre o assunto após reunião com os colegas, o que ainda não tem data para acontecer. Os procuradores do DAE, através da assessoria de imprensa da autarquia, também não quiseram comentar a aprovação do projeto de lei pela Câmara Municipal. 

O único procurador que falou à reportagem foi José Roberto Anselmo, da Prefeitura de Bauru. Ressaltando que comentava o assunto de forma pessoal, disse que apoiava o fim dos honorários de sucumbência entre os órgãos do governo. No entanto, não concordava com o fato de extingui-los nas ações entre o Poder Público e a iniciativa privada. Vale ressaltar que esse tópico não está contido no projeto de lei discutido no Legislativo, com segunda votação marcada para a próxima sessão. 

Segundo ele, os discursos dos vereadores anteontem foram inflamados e feitos num ambiente político e não no técnico. Anselmo discordou do posicionamento de alguns parlamentares de que os procuradores estão ficando ricos com causas ajuizadas entre os órgãos do governo. Disse que na média um procurador não chega a ganhar R$ 800,00 por mês de honorários e que muitas causas movidas pelos advogados são débitos que variam de R$ 200,00 a R$ 300,00. 

Na opinião de Anselmo, a polêmica toda teve início com ação de cobrança movida pelo DAE contra a prefeitura. Informa que a prefeitura não tem nenhuma causa contra órgãos ligados à administração. Há, segundo ele, execuções fiscais contra a Cohab por falta de pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), mas que a própria companhia indica o mutuário devedor. Para ele, o honorário tem a importância de estimular o procurador a trabalhar mais.   

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru, de 5/03/2008

 


Cesp reverte prejuízo de 2006 em lucro de R$ 179 mi 

Às vésperas de ir à leilão para ser privatizada, a Cesp (Companhia Energética de São Paulo) divulgou o resultado do ano passado revertendo o prejuízo líquido de 2006 em lucro líquido de R$ 178,59 milhões. Em 2006, a empresa havia tido prejuízo R$ 118,37.

Em resultado divulgado ontem, após o fechamento da Bovespa, a companhia destacou o impacto do dólar na redução do endividamento em moeda estrangeira e, conseqüentemente, na melhora do resultado. Segundo a Cesp, o endividamento em moeda estrangeira caiu de 55% em dezembro de 2006 para 36% no mesmo mês de 2007.

O resultado comercial da empresa cresceu 9,5% no ano passado em relação a 2006, totalizando R$ 2,626 bilhões. Do total da receita de 2007, 66% vieram de suprimento de energia elétrica às distribuidoras e 29% de consumidores livres.

A Cesp, que produziu 60% da energia elétrica de São Paulo no ano passado e 10% do Brasil, será leiloada no dia 26 de março. A fatia de controle que o governo paulista detém na empresa teve preço mínimo estabelecido em R$ 6,6 bilhões. Com as ofertas para sócios minoritários, o negócio deve rondar os R$ 15 bilhões, o que reduz a probabilidade de um só interessado levar a empresa.

Segundo a companhia energética, a geração de energia 20% acima do que havia sido assegurado e o aumento do consumo ajudaram nos resultados. Houve produção de 4.703 MW médios de energia em 2007, tornando-a quarta geradora do país em potência instalada e terceira em produção de energia elétrica.

O resultado operacional passou de R$ 114,17 milhões em prejuízo, em 2006, para lucro de R$ 706,64. O resultado operacional bruto subiu 36,6%, para R$ 1,38 bilhão, e a receita operacional líquida 7,8% em relação a 2006, finalizando o ano em R$ 2,18 bilhões. 

Privatização

Segundo o edital de privatização da Cesp, os consórcios interessados deverão se pré-identificar até a próxima segunda-feira. Um dia antes do leilão (25), eles terão ainda de depositar garantias no valor de R$ 1,74 bilhão.

Os lances serão feitos por meio de envelopes fechados e pelo menos três consórcios devem disputar a Cesp. No total, 12 empresas foram ao "data room" -central de informações financeiras da empresa.

Entre os favoritos estão a franco-belga Suez/ Tractebel, dona da antiga Gerasul, a maior geradora privada no país. A Suez deve entrar na disputa com a Neoenergia, que tem entre os sócios a espanhola Iberdrola. A empresa vai divulgar seu resultado na sexta.

A distribuidora paulista CPFL, que tem capital de Votorantim, Camargo Corrêa, Bradesco e Previ, também deve formar um consórcio. A empresa anunciou aumento de 17% no lucro do ano passo, fechando com resultado de R$ 1,643 bilhão.

Outro grupo juntaria a ítalo-espanhola Enel/Endesa com possível adesão da portuguesa EDP, dona das distribuidoras Bandeirante (SP), Enersul (MS) e Escelsa (ES). 

Fonte: Folha de S. Paulo, de 5/03/2008 

 


Disputa do Rodoanel traz novos gigantes espanhóis  

A companhia espanhola OHL surpreendeu o país no ano passado ao conquistar cinco concessões de rodovias licitadas pelo governo federal. Na terça-feira, porém, quando o governo de São Paulo irá leiloar o trecho oeste do Rodoanel, ela terá de disputar a concessão com outras gigantes espanholas. A Abertis, segunda maior concessionária rodoviária do mundo em valor de mercado, a Acciona e a Cintra discutem a formação de consórcios com empresas brasileiras.   

A empresa vencedora da licitação terá de pagar taxa de outorga de R$ 2 bilhões, além de fazer investimentos de R$ 800 milhões em melhorias na rodovia. O pedágio a ser cobrado tem teto fixado em R$ 3 nas saídas do trecho. Será vencedora a empresa que oferecer a menor tarifa. Para as companhias espanholas, os sócios locais trazem informações preciosas sobre o funcionamento do mercado. Por sua vez, os estrangeiros podem garantir maior fôlego financeiro às empresas brasileiras na hora de apresentar a proposta.   

A OHL deve entrar na disputa junto com o banco americano Goldman Sachs. O Valor apurou que a Abertis negocia associação com a brasileira BR Vias e a Acciona, com a Triunfo Participações. Os acordos não estão fechados e analistas não descartam a hipótese de que ambas entrem sozinhas no leilão. Os interessados têm até as 10h30 de terça-feira para apresentar proposta à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que coordena o leilão.   

Ganhar a concessão do Rodoanel é importante para essas grandes companhias porque elas se preparam também para participar da disputa de cinco estradas paulistas cuja operação será privatizada no segundo semestre pelo governo do Estado - a rodovia D. Pedro I, o sistema Ayrton Senna/Carvalho Pinto, a Raposo Tavares e a Marechal Rondon, que será dividida em dois trechos. Essas rodovias, que somam 1,5 mil quilômetros de extensão, cortam uma região de grande movimentação de cargas agrícolas no Estado, com receitas crescentes de pedágio.   

As cinco rodovias paulistas exigirão pagamento de outorgas estimadas em R$ 2,1 bilhões e um pacote de obras de quase R$ 8 bilhões em duplicações, construção de marginais, passarelas, acostamentos e trevos.   

Fonte: Valor Econômico, de 5/03/2008

 


Precatório é usado para a compra de imóvel  

Um escritório gaúcho conseguiu na Justiça o primeiro resultado favorável a uma novidade para o uso de precatórios vencidos: a compra de imóveis em leilões públicos. A 2ª Vara de Fazenda Pública de Caxias do Sul assegurou à comerciante Regina Célia Dossin o direito de adquirir um edifício de três andares na cidade de Farroupilha por R$ 816 mil, dos quais R$ 799 mil pagos com oito precatórios vencidos. A juíza Luciane Inês Morsch Glesse expediu a carta de arrematação para a compradora e devolveu os precatórios ao governo do Estado - ou seja, aceitou os títulos como moeda na operação.   

O leilão ocorreu ao fim da execução fiscal da massa falida da Dossim Materiais para construção, da qual a compradora do imóvel, Regina Célia, também é credora. A procuradoria do Estado contestou o uso dos precatórios, mas a vara de Fazenda acabou declarando a arrematação. Como a execução ainda não transitou em julgado, o Estado ainda pode recorrer.   

O responsável pela operação, Cláudio Curi, dono da empresa Curi Créditos Tributários, diz que foi a primeira experiência do gênero feita pelo escritório, mas com o sucesso da primeira operação pretende repetir a fórmula - e já procura outros leilões em curso em outras execuções. Ele diz que o princípio é semelhante ao usado em outras teses para aproveitamento tributário dos precatórios, como o oferecimento em penhora e a compensação - o encontro de contas entre o débito judicial do Estado e seus créditos.  

As teses da penhora e da compensação, apesar de alguns sucessos em tribunais locais, ainda não têm respaldo total nos tribunais superiores. O STJ é favorável ao uso de precatórios como garantia em execuções fiscais há mais de dois anos, mas ainda não tem posição sobre sua "sub-rogação" ao fim da execução, ou seja, da conversão da garantia para quitar a dívida. Também não há posição definitiva sobre a compensação tributária, sendo o melhor resultado uma decisão monocrática do ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda a ser referendada pela segunda turma.   

Fonte: Valor Econômico, de 5/03/2008 

 


Serra amplia gastos com propaganda  

Oposição e governo podem divergir sobre o critério para análise de dados. Mas os números mostram que, sob a gestão do tucano José Serra, o governo de São Paulo ampliou significativamente a previsão de gastos com comunicação social para o período de 2008 a 2011.

No PPA (Plano Plurianual) enviado à Assembléia, o governo prevê R$ 720.377.473,00 para comunicação social no próximo quadriênio.

Segundo levantamento feito pela liderança do PT na Casa, essa dotação representa 490% a mais do que os R$ 122 milhões apresentados pelo governo Alckmin para gastos com comunicação no PPA referente ao período de 2004 a 2007.

O governo contesta o método do PT. Pelos cálculos da assessoria do Palácio dos Bandeirantes, os gastos com comunicação social no período de 2004 a 2007 chegaram a R$ 225,6 milhões. Ainda assim, a previsão para os próximos quatro anos é 220% maior do que a do quadriênio passado. Para comparação: a previsão de aumento de investimentos para os próximos quatro anos é de 99%.

Serra é potencial candidato à Presidência em 2010.

Para chegar aos R$ 225,6 milhões, o governo de São Paulo lembra que, de 2004 a 2007, a dotação inicial sofreu aumento: o Estado gastou mais em comunicação do que estava originalmente previsto no papel.

Segundo o Sigeo (Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária), de 2004 a 2007, foi autorizado o pagamento de R$ 193,7 milhões -cifra 271% menor do que a proposta no novo PPA.

Além desse aumento em comparação à previsão original, o governo aplicou uma inflação de 4% ao ano.

Em nota enviada à Folha, a assessoria de imprensa do governo afirma que a comunicação representará 0,16% de todo o PPA e não inclui apenas gastos com publicidade. Mas atividades como assessoria, montagem de site e editais.

Segundo a nota, o PPA prevê ações "que exigem novos esforços de comunicação para garantir a adesão da população", como a Nota Fiscal Paulista.

Para o programa, diz, a Secretaria da Fazenda tem alocados R$ 86,9 milhões, "valor pouco significativo" diante da expectativa de arrecadação: R$ 3 bilhões por ano. "O governo tem obrigação de prestar contas de suas ações à população. Também é dever da administração manter a população informada sobre assuntos que podem afetar a vida de todos." 

Fonte: Folha de S. Paulo, de 5/03/2008 

 


SP corta 24 mil cartões e veta saque em dinheiro 

Depois das denúncias sobre gastos com cartões feitas por deputados da oposição, o secretário da Fazenda de São Paulo, Mauro Ricardo Costa, anunciou ontem que o governo José Serra (PSDB) vai reduzir de 42.315 para pouco menos de 18 mil o número de cartões autorizados a efetuar despesas. Além disso, o governo paulista vetou os saques em dinheiro, salvo em casos específicos, como pagamento de diárias, vale-transporte e operações policiais. 

Dos 42 mil cartões, 24.350 serão cancelados porque não foram usados nos últimos 12 meses. Mauro Ricardo fez uma apresentação sobre o tema na Comissão de Orçamento e Finanças da Assembléia Legislativa. A oposição, entretanto, não considerou as explicações satisfatórias e continua a luta pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos. 

Além dos cartões que foram cancelados por falta de uso, os que não forem utilizados por três meses serão considerados inativos. Por fim, segundo o secretário, foi limitado em R$ 100 o valor que pode ser gasto por item em cada compra. O objetivo é criar a noção de despesas miúdas para aquelas feitas com cartão, mediante dispensa de licitação. 

"Vamos trabalhar, também, com mais transparência, de forma a melhorar o uso dos cartões. Estamos aperfeiçoando o manual do usuário e atualizando a legislação que trata do assunto", explicou Costa. No ano passado, o governo gastou R$ 108 milhões com cartões, cerca de 45% por meio de saques diretos. Os gastos são disponíveis no Sistema de Acompanhamento Orçamentário (Sigeo). 

ORDEM DO DIA 

Perto do fim da reunião, quando ainda havia deputados querendo fazer perguntas, todos foram convocados pela presidência da Casa à ordem do dia, ou seja, ao expediente em plenário. A convocação, feita pouco depois de uma intervenção do líder do governo, Barros Munhoz (PSDB), em defesa do secretário, provocou protestos da oposição. 

O deputado Ênio Tatto (PT) havia pedido que os deputados da comissão pudessem permanecer até mais tarde na sessão para inquirir o secretário. "Isso é uma vergonha. O líder do governo manda na Casa e ficou muito claro, na exposição do secretário, que não há controle algum das despesas, ao contrário de Brasília, onde há transparência", reclamou o líder do PT, Simão Pedro, que pediu a instalação de uma CPI para investigar os gastos com cartões de 2001 até o ano passado. 

Barros Munhoz se defendeu: "Haverá CPI quando o PT ganhar a eleição, conquistar 48 vagas na Assembléia e virar situação. Isso é democracia e o que conta é ve-ó-vó-te-o-tó, ou seja voto." Para o líder, uma CPI poderia "apequenar o Legislativo e transformar deputados em auditorezinhos". 

DROGAS 

O deputado Major Olímpio (PV) disse ter recebido denúncias de gastos indevidos na Polícia Militar. "Há coisas como prestação de contas de compras de entorpecente em operações secretas, de disfarces e até de aluguel de casas para campanas. Nunca vi isso em 30 anos de polícia." Mauro Ricardo disse que os gastos serão investigados. 

Em uma provocação, Rui Falcão (PT) perguntou ao secretário de quanto era sua diária. Irônico, Mauro Ricardo afirmou que era de cerca de R$ 200, mas mandaria os documentos ao parlamentar. "Se vossa excelência quiser, basta entrar na página da secretaria", disse.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 5/03/2008